Teoria
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Tecnociência/Tecnocultura: paradigma virtual de ciência, comunicação e educação à distância

 (2000, segundo semestre)


Angela de Faria Vieira


Refletir sobre iniciação científica, entendendo-a como um processo formativo de gestão de conhecimentos críticos, numa época onde o mundo está disponibilizado via Internet e o ciberespaço é o local de encontro para troca de informações - numa virtualidade tão real, que quem acessou informação on line e navegou pelo mundo da imagem e do hipertexto em tempo real, não consegue praticar um modo de olhar idêntico à anterioridade da experiência - é praticamente dizer (ou repetir) o que John Dewey afirmou: “educar é viver”, onde aprender é assimilar processos que possam ser úteis e realizadores à vida de uma pessoa. O saber científico é um saber emancipador, intelectualmente concebendo. Coloca a pessoa diante de seletas informações para um aprendizado crítico cujo produto é conhecimento. Conhecer na Pós-Modernidade passa pela apropriação dos modos de codificação virtual que encontram-se em redes on line.

A Internet, enquanto rede que interliga milhões de computadores e usuários, continua num ritmo vertiginoso de crescimento. Esta possibilidade tecnológica de redes digitais criou a realidade virtual, que tem gerado uma revolução nas concepções que se possuía de tempo e espaço, de presença, de contato, de interação.

“Face ao processo de virtualização, encontramos os ‘apocalípticos’, que temem uma desrealização geral, e os ‘integrados’, que vêem nas últimas mudanças uma panacéia para os males do mundo... Pierre Lévy propõe... uma terceira possibilidade: ‘enquanto tal, a virtualização não é nem boa, nem má, nem neutra. Ela se apresenta como movimento mesmo do ‘devir outro’ - ou heterogênese - do humano. Antes de temê-la, condená-la ou lançar-se às cegas a ela, proponho que se faça o esforço de apreender, de pensar, de compreender em toda a sua amplitude a virtualização’. Acreditando que a virtualização exprime uma busca de hominização, o autor (LÉVY) começa desmontando aquilo que chama de ‘oposição fácil e enganosa entre real e virtual’... retrabalhando conceitos de outros pensadores franceses contemporâneos - como Gilles Deleuze e Michel Serres - busca analisar ‘um processo de transformação de um modo de ser num outro’ ... ele se propõe a estudar a virtualização na contracorrente, remontando do real ou atual para o virtual... a virtualização sob aspecto filosófico (o conceito de virtualização), antropológico (a relação entre o processo de hominização e a virtualização) e sócio político (‘compreender a mudança contemporânea para tornar-se ator dela’... Lévy termina... conclamando a uma ‘arte da virtualização, a nova sensibilidade estética que, nestes tempos de grande desterritorialização, faria de uma hospitalidade ampliada sua virtude cardinal.”

A Internet ao possibilitar a circulação virtual da informação potencializou a relação homem e objeto de conhecimento. A virtualização é operada por linguagens que estendem possibilidades de apropriação... “para além da imediatez sensorial” entrelaçando subjetividades técnica, da linguagem e de relacionamento.

“Nossa subjetividade se abre ao jogo dos objetos comuns que tecem num mesmo gesto simétrico e complicado a inteligência individual e a inteligência coletiva, como o anverso e o reverso do mesmo tecido bordando em cada face a marca indelével e flagrante do outro”.

Visitando websites nacionais e internacionais um rastreamento de inúmeras informações pôde ser realizado com sucesso, com relativa rapidez e diante de um Personal Computer, para a pesquisa.

Foram encontrados desde documentos dispostos num formato de versão eletrônica para leitura, quanto criativos espaços de dinamização de conteúdos e iniciativas interativas.

Nos sites das agências de fomento à pesquisa como: CNPq, CAPES, FESP, FAPERJ, foi possível coletar material sobre normatizações institucionais de incentivo, concessão e apoio financeiro a Programas de Iniciação Científica. Tais normatizações podem ser visualizadas nos Programas Universitários, pois que são elementos para avaliação das agências e definição de suas políticas de concessões ou distribuição de recursos.

Quando de 1989/90, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, uma colaboração foi iniciada junto à sub-reitoria de pós-graduação e pesquisa - uma participação que tinha o início do percurso numa experiência de docência e orientação de procedimentos de pesquisa discente para elaboração de monografia de final de curso na Faculdade de Comunicação Social - não havia o aparato tecnológico Web para auxiliar na difusão da informação programática de iniciação científica que começava a se estruturar.

Hoje, o site da sub-reitoria da UERJ já reflete um avanço expressivo na concepção e orientação do programa de iniciação científica, em relação ao início dos anos 90. E outras universidades públicas - federais e estaduais - também, conceberam a sua perspectiva de incentivo à ciência junto às comunidades discente e docente de modo criativo e heurístico. A comunidade científica se beneficia do ‘laboratório virtual’ que a inventividade do ciberespaço está permitindo.

A Tecnociência (como emprega Lévy) está permitindo a experiência universitária de lidar com um insumo informacional e tecnológico, como o hipertexto. O ato de leitura foi desterritorializado da fonte original, para habitar no plano virtual, imensos hipertextos. Os textos se apresentam sem fronteiras, a digitalização se oferece como um ‘imenso campo semântico’ acessível - sem limites - e representado por "hiperícones". A decodificação, a interpretação, a construção de sentidos emerge da interseção de uma projeção semiótica virtual.

A cibercultura é uma cultura digital, da semiose que ocorre no mundo informático: o texto vira um hipertexto, coleta de dados, significa ‘navegação’, documentação e catalogação, é memória virtual e banco de dados. Correspondência on line, ou e-mail e conferências eletrônicas, são possibilidades de uma comunicação digital.

A Web (World Wibe Web) além de oferecer ao pesquisador e ao estudante iniciante um mundo de notícias e informações, com tamanha potencialidade de disponibilização do conhecimento, fundiu a concepção de meio, com a mensagem e com o interlocutor, operando ainda, uma difusão em larga escala do saber colocando pessoas e as suas culturas numa malha ampla e repleta de conexões, recordando o que previu Marshall McLuHan na “Galáxia de Gutemberg”: a “aldeia global”. Um conhecimento, uma experiência, remete a outros que se apresentam com facetas e interlocuções... num dinamismo intenso.

Mas se tal modo de apropriação do saber pode gerar tensão e angústia pelo modo “avassalador” da informação cotidiana e global, pode também ser trabalhado com senso de criatividade e velocidade aproximando fatos, idéias e comunidades de pessoas - associações e interações.

Pode-se ler e ouvir história, pode-se tornar atraente um momento do mundo já ultrapassado onde, entretanto, há experiência humana e trabalho intelectual de genialidade para ser revisitado. É o que acontece quando se atualiza a informação sobre a obra de Monteiro Lobato. Discutir a noção de ciência embutida na mensagem literária de Lobato via Web torna-o mais próximo da modernidade de um século que finda em complexidade humana e material. E a chance de conversar com diferentes perfis de pessoas que pensam a obra e o autor, em localidades geográficas diversas, é mobilizador!

O recurso da tecnologia Internet acelerou velocidades pessoais e coletivas. Uma ciência da Pós-Modernidade ou um metodologia de pesquisa, a técnica aliada aos altos propósitos de uma cultura, estão reconfigurando os modos de conhecer e saber, sobretudo no âmbito do conhecimento científico.

Uma fusão da cultura letrada com a cultura audiovisual, numa reconfiguração técnica e estética, é assim que a informação via Internet se apresenta aos olhos do usuário. Mas o que dá a idéia de navegação é o "mar" ou o “oceano” de conteúdos que pululam nas codificações que se apresentam. O estudante “navega” ou realiza expedições buscando os seus “pares” na empreitada, que é a aventura do saber.

O forte apelo atual tem sido: “seja bem informado!” E a Internet oferece poderosos recursos de ferramenta de busca. Diretórios de arquivos no mundo todo se abrem para consultas: do iniciante ao um experiente pesquisador. Banco de dados "saltam" aos olhos que se maravilham com a vastidão de fontes, textos, ilustrações... vasculhados (por um “Lynx” ou um “Mosaic”) em locais e formatos diversos; e em sistemas variados. O IRC (Internet Relay Chat)/ICQ atua como um mediador de conversa instantânea, é um sistema multiusuário onde vários grupos - normalmente estabelecidos pela afinidade do assunto a ser compartilhado - conversam online. E para participar da “redescoberta do mundo” via Web é preciso aprender a ajustar o modo de comunicação aos “ditames” das técnicas de microcomputação. Um novo e vasto vocabulário, em inglês, orienta ou mapeia nomenclaturas de software e hardware e procedimentos de exploração.

Organizar a bagagem inicial para embrenhar-se pela pesquisa em âmbito internacional, aponta uma realidade do modo de caminhar - hoje - pela lógica da iniciação do conhecimento no campo da investigação científica - curiosamente, há tempos atrás, tudo aqui descrito de modo tão contundente dado o caráter factual, seria percebido como uma roteirização ficcional; a chamada “ficção científica” que teve em Júlio Verne um histórico precursor, na atualidade, é “utopia” realizada e ampliada, que McLuHan, também anteviu (com a sua idéia da aldeia global) “com a sua luneta copérnica” de estudioso dos fenômenos da comunicação; e o prisma de ciência que se realiza no cenário global utiliza largamente a tecnologia que fez do cyberspace um “mapa celeste” do conhecimento em escala mundial.

Iniciação Científica via Internet exige direção e apoio - “como uma carta de navegação” inicial, a fim de elucidar os benefícios e os problemas que podem advir de um relação de “fascínio” com o “meio-mensagem-interlocutor”. Uma leitura crítica do processo, é o que se recomenda.

“Novas maneiras de pensar de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada. Não se pode mais conceber a pesquisa científica sem uma aparelhagem complexa que redistribui as antigas divisões entre experiência e teoria.”

Iniciação Científica via on line já acontece na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

AulaNet é a denominação que Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a PUC-RJ, dá ao seu espaço Web de educação e informação promovendo com o recurso da educação à distância e a Internet cursos online.

Inúmeros site nacionais e internacionais promovem cursos on-line. E vários grupos de interesse estudam assuntos e intercambiam, é o caso do e-group de Educação à Distância no Ensino Superior coordenado pela professora Rondelli, do qual participo.

O estudo via Web exige um perfil do estudante de conhecimento dos navegadores Netscape ou Explorer, do ambiente Windows, ou ainda do Linux (agora adotado pelo governo francês, barateando o custo do uso da Internet no sistema público, sem remeter capital para Bill Gattes e a sua ‘infovia’ Microsoft) que é um sistema operacional multiusuário e multitarefa que roda em diversas plataformas - powerPC e Digital Alpha e foi originalmente concebido por Linus Torvalds da Universidade de Helsinki/Finlândia de inspiração num sistema UNIX - procedimentos introdutórios de manuseio de equipamento de computação e Web, além de autonomia para organização do seu "espaço de trabalho" e senso crítico para seletividade da informação.

A educação e a comunicação, juntas, promovem educação científica, tanto na dimensão presencial, quanto na on line.

A sociedade mundial lida com os desafios da informação e suas mutações aceleradas.

A Educação à Distância (ED) não é um recurso metodológico ou didático, tão recente. O Decanato de Extensão da Universidade de Brasília realiza experiências de curso à distância com tutoria docente desde a década de setenta, através da Open University , a Universidade Aberta que associada com a Universidade de Oxford organizou vários módulos de estudo em cursos que ofereceu, como: Pensamento Político Brasileiro e Relações Internacionais, com a tutoria mensal na PUC-RJ, para quem residisse no estado.

A Internet emprega o princípio da metodologia à distância para organização das redes, verdadeiras teias de informação, no contexto da sociedade global.

Na educação pode-se perceber a potencialidade deste recurso tecnológico para difusão do saber e promoção educativa. Existem embaraços que também pesam sobre a tecnologia da informação Web. Há que se aplicar muito bom senso e discernimento, leitura crítica do meio para ajustá-lo às necessidades de cada situação de mediação educacional que se pensar realizar.

A educação a distância (ED) e a Educação Presencial (EP) tendem a caminhar lado a lado de modo complementar, fazendo reconhecimentos “mútuos”, e somando para a tarefa educativa.

Na educação presencial a tecnologia educacional da educação à distância deve ser estudada para dimensionar a importância da socialização de repertórios no mundo contemporâneo.

A Educação à distância pode ser desenvolvida e enriquecida com os recursos da interatividade. O modo tutorial pode sinalizar para algum momento de vivência presencial, trata-se de uma abordagem que contempla o que há de melhor nos paradigmas - presencial-virtual - não exclui, ao contrário, inclui pessoa e máquina inteligente, pois o indivíduo (e a sua necessidade de aprendizagem) continua sendo a mola propulsora do curso educacional e a culttura tecnológica que progride na atualidade deve ser aproveitada, no sentido de inclusão e mediação comunicacional.

O equacionamento da aquisição de computadores para uma demanda crescente de usuários que buscam informação e educação, precisa se acompanhado, socialmente e economicamente falando, para evitar que a complexidade cada vez maior de modos de comunicação, face aos recursos cibernéticos, não acentuem a marginalidade de segmentos sociais do conhecimento, da ciência e da educação.

O Ensino Superior Brasileiro em redes de pesquisa - Redes Locais ou Regionais (existe a Rede Rio de Computadores que interliga universidades no Estado do Rio de Janeiro), com a Rede Nacional de Pesquisa (que ganha um energia nova com a Internet II), com a Intranet (uma realidade crescente dentro do espaço universitário) deve dedicar atenção a questão da formação do “Novo Espírito Crítico” e das “Mentalidades Científicas pós-modernas”, trabalhando com muita criatividade e senso de oportunidade, dosando o uso de novas linguagens e repertórios no espaço de convívio da comunidade inteligente que inclui a universidade, centros de excelência de ensino, institutos e organizações não governamentais, associações diversas, entidades formais e não formais além de diferentes perfis de usuários.

A formação do espírito crítico, da inteligência na realidade de um tempo de complexidade e multiplicidade de referências, é tema de atualidade histórico- educacional-comunicacional-científica.

Formação e auto-formação são indicadores do processo de uma educação continuada, a ser praticada buscando um modo emancipatório do cidadão, diante do seu permanente relacionamento com o mundo e com o contexto histórico-espacial onde vive. O processo continuado de conhecimento encontra numa perspectiva de educação científica um paradigma de diálogo entre seleto conhecimento e a sua concreticidade, ou operatividade.

Os campos da educação interagindo com a comunicação, e vice-versa, promovem um modo gestor da realidade de uma “educomunicação” científica.

Está presente a idéia de estar emergindo uma perspectiva de abordagem comunicacional-educacional capaz de tecer a via da elucidação do homem contemporâneo, revisitando elos da tradição do conhecimento e selecionando elementos que apoiem a caminhada para viver o presente - que é o futuro - outrora utópico momento vislumbrado pelas ficções científicas e pelos conhecimentos de âmbito subjetivo enunciadores de avanços científicos e tecnológicos - a Pós-Modernidade, para alguns, a realidade contemporânea numa demarcação temporal.

A tomada de consciência que o tempo desafia com complexidade, exige que ato comunicativo e ato pedagógico dialoguem num comungar do saber e do ser, a fim de edificar realidades novas do homem e da sua existência em grupo. Um imenso desafio histórico e humano, como alertaram: Freire, Anísio, Lobato, Freinet, Morin...

O saber humano decorre de uma construção em marcha e de saltos... no tempo. A cultura sinaliza assim.

A ciência foi sendo estruturada pela capacidade inventiva do homem e o seu grande talento para observações-criações-sistematizações.

A cultura científica que na modernidade espelha a história da ciência, é um produto da inteligência do homem, da sua capacidade de observar, de conceituar, de discriminar, de criar, de aplicar o seu saber para a promoção das suas relações com outros seres, com o espaço, com a vida.

A aprendizagem possibilita apreender e realizar cognições de incontáveis estímulos que o indivíduo recebe. E a mídia contemporânea é responsável por inúmeras mensagens para a decodificação crítica da pessoa.

A comunicação possibilita através de linguagens a representação do pensamento, do sentimento, dos talentos da pessoa. Comunicação e Aprendizagem são ingredientes do processo de conhecer.

É o conhecimento codificado que estrutura uma mensagem.

É a mensagem que organiza significados a serem compartilhados na apropriação feita por um emissor-receptor, no processo de comunicação. Mas o que se comunica? Conhecimento codificado. O saber se apresenta, assim, como um fundamento da comunicação, ingrediente informacional de uma construção compreensiva e significativa para o processo de conscientização do homem diante do seu tempo.

Na velocidade de produção da informação e seu aparato tecnológico na modernidade, a mensagem não é apreciada de modo linear. O saber enuncia e anuncia níveis de significado de uma mensagem. A pessoa no seu silêncio pode significar a própria “codificação” não-verbal de uma mensagem em níveis de subjetividade da experiência. Aquele que “responde” também “fala de si” ao enunciar; então, torna-se estímulo e resposta numa possibilidade de simultaneidade da experiência de comunicação.

Ocupar um lugar, na concepção física ou material da noção, hoje, pode proporcionar a sensação de “onisciência”.

Ao falar com amigos via “dialpad” - que é um programa de ligação telefônica através do computador para os Estado unidos, do Brasil - para Milwaukee ou para o Alabama, uma pessoa não necessita sair da sua residência, fala com desenvoltura usando um microfone. Usa uma tecnologia on-line e a linha telefônica, a baixo custo, e se faz presença real através da voz (neste caso, pois as teleconferências largamente usadas em empresas e universidades bem equipadas promovem o trânsito da imagem e do som entre pessoas de diferentes países, já com uma certa “banalidade” para os parâmetros organizacionais e comunicacionais atuais, dos quais se tem notícias).

Os ambientes virtuais tornam possível ao professor ser um animador de comunidades inteligentes em pleno ciberespaço, tal dimensionamento exige reflexão sobre a economia do tempo e do espaço, e a “redundância” sistêmica ou a proliferação diária de codificações possibilitadas pela informática. Tal quadro é uma referência do novo paradigma de conhecimento: a ciência do saber, a educação da ciência, a comunicação no ciberespaço e as redes ou teias de “pessoas Web”, apresentadas para o mundo, para a Sociedade do Conhecimento.

Dimensionar processos e atividades de iniciação científica implica em penetrar nesta dimensão do conhecimento para selecionar “constructos” integrados de informação, a fim de superar fragmentações disciplinares para realizar a ciência, em meio a complexidade de operar lógicas e encontrar sentidos diante do dinamismo intenso que se assiste, na vanguarda tecnológica. Recomendação importante para o paradigma da educação presencial!

Enquanto um processo formativo, a iniciação científica deve lidar com aspectos atitudinais e com a dimensão didática da realidade da aprendizagem do estudante, e de apropriação de respostas re-alimentadoras de ações para o orientador da experiência de conhecer que é o professor, este pode ser um tutor “animador” via Web.

Pensada através do ensino à distância, a Iniciação Científica pode ocorrer de modo sistemático e sem a ação presencial da estrutura educacional tradicional ou clássica. Classes Web surgem todos os dias, como “tribos pós-modernas on-line”.

A transformação dos ritmos e formas de comunicação vem exigindo ações de re-significação e re-encantamento do mundo. A emergência de diferentes modos de conhecer e representar o conhecimento impõe o surgimento de novas “ tecnologias intelectuais de processamento e estetização do saber”.

Um hipertexto precisa ser conhecido e em seguida reconhecido como um instrumento didático para o professor e para o aluno.

A ciência precisa elucidar sem fragmentar o modo de referenciar do homem, que precisa reconhecer-se humano nos seus repertórios essenciais.

A ciência precisa promover a diversidade de interlocuções e ir refletindo, no caminhar, sobre os fenômenos que surgem e aguçam a curiosidade que promove o saber.

A imaginação longe de “confinar” é um reduto particular de liberdade de pensamento. Da dimensão imaginária surge a criatividade que promove uma dimensão existencial de felicidade humana. A fruição, o deleite da arte consiste nesta possibilidade formidável de libertar a inteligência e o espírito, dando “asas” a uma “alquimia do ser” que transmuta e alça ‘vôos’ na interioridade da sua existência. O conto-de-fadas , que a literatura promove e que um escritor como Monteiro Lobato soube tão bem construir, enriquece a sensibilidade, aguça sentidos, engendra ‘mistérios’ ou a ‘magia do pensar’ do homem, e possibilita auto-educação. Inúmeros websites (visitei mais de duzentos) exploram o reconhecido potencial das "comichões científicas", dos "modos de dizer" e do "faz-de-conta" do erudito contista Lobato, que pretendeu escrever para a criança e para o que chamou de "adulto universal". A realidade da Tecnocultura não descarta a dimensão do imaginário e da arte de criar. Hoje, como nunca, pensar alternativamente significa ampliar possibilidades de preservação da própria espécie humana, diante de diagnoses de escassez e desigualdades que campeiam globalmente.

Arte é cultura, é manifestação de dimensões criativas e sensíveis do ser, e pode ser indicada como um "paradigma" que reúne múltiplas codificações. A imaginação nutre-se de arte, da sensibilidade, de sutilezas percebidas ou engendradas, por exemplo, por um escritor, por um pintor, por um cartunista, por um musicista... Um artista representa dimensões do conhecimento, reflete cultura ao expressar um fragmento apreendido da experiência de ser e de estar no mundo, com o seu talento.

A ciência quando se apartou da sabedoria para ‘glorificar’ a técnica, progrediu em uma dimensão oposta a da compreensão e apreensão sensível dos fenômenos humanos. O que se quer apontar é justamente a importância do conhecimento técnico comunicar-se com outras dimensões de apropriação e organização da ciência, ou das ciências. Evitando a idéia de só ser admitido como argumento de autoridade de um saber àquele que usa uma lógica mecanicista de investigação e descrição, oportunizando que os raciocínios criativos lidem com a essência ou a manifestação dos objetos e que apresentem a lógica do “seu conhecer”, que poderá ser a lógicas de novos saberes, talvez melhor habilitados a compreender fenômenos humanos e sociais.

Dialetizando diante da operatividade sensível do saber - que aqui destaca-se, indaga-se: engana-se uma intuição que possa assaltar uma pessoa num momento de contato com a realidade, uma intuição proveniente de dimensões subjetivas que a ciência não penetrou aplicando uma lógica eminentemente metódica e de induções sucessivas? A dimensão subjetiva, intuitiva, sensível de conhecer não merece credibilidade no elenco de saberes críticos estruturados por sistematizações contidas no estatuto epistêmico das ciências?

A evidência é uma importante manifestação de um fenômeno, pode vir a significar um “desnudamento”, despojamento de roupagens, quando dá-se a conhecer uma realidade profunda. Porém, sem a dimensão da sabedoria, da intuição, do sentimento e de todas estas manifestações que surgem da pessoa e que falam de si, o conhecimento indica um recorte de uma experiência do saber disciplinado pela razão metódica, estabelecida pela concepção legitimada de do fazer ciência na nossa cultura.

Como seria possível integrar ao ser do homem uma percepção sensível de um “objeto”, como uma experiência de conhecimento com a relevância que um saber pode ter para apoiar a compreensão humana, se a racionalidade do modo de conhecer científico não tirar as suas “máscaras” ou ilusões de ter ( e de “deter”) a explicação fundante da ocorrência de fenômenos... uma crise diagnosticada por inúmeros estudiosos aí está, entre a ciência e sabedoria permanecendo o homem dividido entre pólos de conhecimento (já reconhecidos por inúmeros cientistas enquanto instâncias que exprimem dimensões da natureza material e espiritual do ser).

A “paixão da ciência” (Japiassu) por categorizações e lógicas metódicas ordenadoras precisa contemplar o valor de ser praticado um “conhecimento do conhecimento” (Morin), reconhecendo a dimensão criadora humana. Um saber da ciência sintonizado com as possibilidades férteis de criação humana.

Um paradigma que contemple a arte, a cultura, a comunicação, a educação do todo que é uma pessoa estará enunciando valores para ser criativamente pensado em ações da ciência e das suas aplicações.

O mundo não admite mais sentenciações! O conhecimento deve emancipar e libertar a inteligência, jamais aprisioná-la.

E o que estão praticando as instâncias formais e seletas da inteligentzia, no que tange ao “olhar” e às ações de orientação para a juventude que se inicia no pensar - como no processo e atividade de iniciação científica - numa fase de "encruzilhadas" e "labirintos", materiais e existenciais (alguns cientistas nomeiam ‘barbárie’).

Re-ligando saber e emoção, reintegrando ser e saber, reaprendendo uma dimensão de humanidade, a ciência poderá conscientizar o homem das suas limitações e fragilidades, e apoiar o desenvolvimento das gerações vindouras por prismas que admitam o ‘desvelamento’ da existência: o mistério dos fundamentos e dos fins últimos da vida, o silêncio ou a ausência de resposta formal, o viço do lúdico contido na brincadeira, a estética do revelado em seu despojamento natural, as expressões e representações advindas de dimensões sensíveis exigindo uma ratio diversa da racionalidade praticada pelo modo tradicional de conhecer.

A reeducação do ser sinaliza para o que o Ismar Soares chama de uma ‘educomunicação’ . E que Nelly de Camargo chamou de ‘animador cultural’ - o “comunicador/educador sob medida: o profissional da cultura”.

Uma reorganização do saber alargada pelos referenciais da educação e da comunicação, refletirá modos de conhecer num agir que promova a ciência sem falseamento - elucidando sem aridez e determinismo, explorando a chamada dúvida metódica com ‘arejamento intelectual’, admitindo caminhos e modos de lidar com o conhecimento no processo e no percurso da descoberta, sem “aflições” de uma lógica ou “escola” pré-determinada.

Os etnólogos e antropólogos, os arqueólogos em Ciências Humanas e Sociais, parecem dispor-se com maior encantamento para a tarefa da descoberta. Lidam plenamente com a incerteza, e somente saberão se há “trabalho” por fazer diante do objeto quando e do modo que ele se apresenta. Conseguem aplicar excelente lógica para interpretar fatos e remontar culturas à partir de artefatos. Lidam com a natureza do objeto, observam e interagem imersos no campo da descoberta. Quando ensinam, não doutrinam, narram ou contam histórias fundadas na realidade vivenciada, apreendida, sentida e compreendida.

A insegurança do saber em Ciências Humanas e Sociais revela o desafio de apropriação do saber quando se tem um objeto de estudo “que fala” (recordando Hilton Japiassu).

A sensação de estar lidando com “miragens científicas” é forte quando se lida com a via da elucidação pela descoberta.

O cientista social é instado, constantemete, a revisitar suas próprias referências, sobretudo, quando está por concluir uma trajetória. É diante da sua própria conclusão que surge a dúvida avaliativa.

Programas universitários de Iniciação Científica concretizam uma Educação Científica importante para a formação da inteligência e do espírito crítico, já contemplando domínios da arte e da cultura na construção de cosmovisões. E a perspectiva do estudo à distância, emergente, sinaliza para novas experiências cujo o alcance, em nosso país, é preciso acompanhar e avaliar.

O Programa da UERJ, que contempla uma modalidade de bolsa de iniciação científica júnior, com os alunos do Colégio de Aplicação, promove o viço do saber entre segmentos discentes mais jovens, do que os universitários e ainda articula as dimensões vertical e horizontal do currículo, um trabalho de ponta e vanguarda no contexto universitário contemporâneo.

A UFRJ destaca-se, sobremaneira com o Fórum de Ciência e Cultura... basta “clicar” na “luz do conhecimento” como sugere o Website. A valorização da arte tendo-a como um componente do pensar e atuar em ciência dignifica a tarefa universitária pelo viés da cultura e humaniza o próprio saber científico.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul já tem o seu programa voltado para a formação do jovem cientista on-line. A modernidade da tecnologia da educação à distância apoia a iniciativa institucional.

“Os critérios das operações metodológicas em Comunicação não se esgotam na proposta interdisciplinar e de multimétodos . Eles remetem a uma dimensão mais ampla que é a dos paradigmas científicos que nas Ciências Sociais coexistem e competem entre si. A prática interdisciplinar (bidisciplinar ou não) estará sempre condicionada pelo paradigma eleito pelo investigador. Em outros termos, as opções metodológicas são concretamente tomadas a partir do grau de coerência e de adequação com que, por exemplo, o investigador, a partir do referencial marxista, consegue combinar os métodos sociológicos e semiológicos na investigação da ideologia de um MCM”

A iniciação científica como processo e atividade é uma ação de educação e uma ação de comunicação científica.

A oportunidade de apoiar e aperfeiçoar iniciativas de Iniciação Científica comprova-se necessária e estratégica para formação do estudante brasileiro, pensando que a gestão do saber crítico é emancipadora da pessoa e do cidadão - a conscientização gera cultura, maturidade intelectual e bom senso.

Aprender a aprender é uma tarefa que se realiza durante toda a vida - operações intersemióticas constantes são articuladas entre consciência e linguagens, processos internos ao ato criador (recordaria Pignatari); analogias, transferências de aprendizagens, cotejo entre códigos numa metalingüística, mediações para conhecer e compreender... a lógica tradicional enfrenta o surgimento de novas lógicas, novas realidades do saber, novas relações sociais “de Hegel e Poe a Marx e Mallarmé, a Peirce e Pound, a Freud e Machado de Assis e Fernando Pessoa”

Aprender a apre(e)nder, conhecer e compreender... são sem dúvida tarefas realizadas durante toda a vida.

Ciência com comunicação, arte e educação gera ‘contato’ - aproximações continuadas do ser e do saber integrando a face da razão à face compreensiva que reinaugura a racionalidade do próprio homem.

Por tudo, então, recorda-se numa culminância os resultados de uma pesquisa de opinião aplicada nos centros de ciências humanas e sociais da UERJ, com professores e alunos (um recorte de um momento de estudo na universidade) que apontou duas áreas de conhecimento como especialmente importantes para apoiar estudos científicos: a Filosofia e a Sociologia.

A iniciação científica introduzida pelo diálogo destas duas grandes áreas do saber promove a reintegração do homem à sua atitude de observador e contemplador, do ‘pensador’ com as suas idéias e experimentos, uma dinamização favorável à integração da pessoa, de seus repertórios e níveis de consciência - tarefa educativa necessária, esforço fundamental de mediação intersubjetiva e de relações do ser com o mundo da vida.

Identifica-se, também, na literatura de Monteiro Lobato a relação entre ciência e sabedoria - ‘comichões científicas’, ‘modos de dizer’ e narrativas mitológicas no faz-de-conta. Pode-se dizer que Lobato praticou uma mídia de iniciação científica ao contar história da ciência e da cultura, com ícones do espaço rural brasileiro; permitindo o reconhecimento da via da fruição e do lúdico para o ‘re-ligar’ do homem à sua cultura de humanidade... trilha a ser revisitada para operar sobre o real e o saber, sempre!

A perspectiva de criticidade de um estudo aumenta (ou soma) para o repertório avaliativo e interpretativo de uma área e de um campo do conhecimento. E no presente recorte de estudo a evidência de interpenetração dos elementos construtores da investigação permitiu o enriquecimento da abordagem, sem a exclusividade de “um único saber”, uma atitude de humildade científica impôs-se como necessária para lidar com as diferentes manifestações do objeto - a iniciação científica, enquanto processo e enquanto atividade mediada pela educação e pela comunicação. Nutre-se, aqui uma afinidade pela dimensão teórica e interpretativa com a sociologia e a antropologia do conhecimento consubstanciada por uma pedagogia crítica e de promoção da educação-comunicação científica. Mas toda a narrativa pressupõe um caráter existencial flagrante no posicionamento intelectual, uma preocupação com a dimensão humana do saber e com o curso das ações e enunciações de promoção educacional via ato comunicativo. Por fim, o que se oferece é um balizamento inicial, com a seleção de referenciais para pensar a iniciação científica, num nova construção discursiva, numa cognição que reflete movimentos do pensar em direção à criatividade do ser e do saber.

O breve relato de campo, “fez falar”, tão somente, o momento de início da caminhada em uma estrutura de educação formal, em universidade pública. A busca do paradigma virtual e da mídia literária de Lobato, pretendeu identificar “novos modos” de realização da iniciação científica , como uma abertura para ampliar o horizonte do processo e da prática de iniciação científica. Representou atualização do tema à luz do modo de investigação transdisciplinar.

A Pós-Modernidade do conhecimento remeteu o trabalho de um momento formal e institucional para dimensões de codificação via mídia virtual ou Internet.

Entretanto é a literatura de Monteiro Lobato quem estabelece o ‘tom’ do imaginário na ciência e da realidade potencializadora que o faz-de-conta pode proporcionar, num sentido de fruição ou gosto pelo saber, pela ciência. A obra de Monteiro Lobato é um paradigma heurístico de saber. Ele abre uma dimensão de cientificidade apontando para a essência ou os fundamentos de um saber, recordando, via literatura, a importância de... ser bem ‘contada a história’, a fim de que possa, também, ser bem compreendida. O princípio da autonomia da leitura está presente na educação à distância. E os hipertextos ganham fascínio quando se ' oferecem' ao internauta como um livro aberto e cheio de possibilidade.

Apêndice:

Alguns conceitos podem ser considerados básicos ou essenciais para iniciar a compreensão e a utilização do mundo virtual, didaticamente pensando. Visitando um website alguns conceitos lá dispostos oportunizam esclarecimento e iniciação.

Conceitos Essenciais

Muitas palavras, relacionadas com as novas Tecnologias de aprendizagem, estão se tornando muito comuns em artigos e notícias que lemos no dia-a-dia. Elas expressam conceitos novos, ainda em elaboração. Para facilitar a comunicação com nossos clientes, no texto a seguir, reunimos algumas dessas palavras que expressam 'conceitos essenciais'. Outras mais serão apresentadas sempre que oportuno. E um índice será incluído assim que o número de entradas exigir.

A grande maioria das palavras estrangeiras encontradas nos textos de computação, de comunicação eletrônica e de tecnologia educacional são palavras do idioma inglês. Exceto estas, as demais palavras estrangeiras que aparecem nos textos terão sempre sua origem e idioma indicados.

Multimídia, multimeios, é a denominação genérica dada aos veículos que utilizam combinações de dois ou mais dos seguintes meios de expressão de mensagens: textos, gráficos (de alta definição), fotos, animações (grá-ficas e fotográficas), vídeos (movimento integral), sons e músicas. São combinações de software e hardware, como em um CD-ROM ou em uma página da Internet desenhada com essa proposta, podendo ter fins comerciais, educacionais ou outros.

Na prática, para transmissão de idéias e conceitos em um projeto multimídia distribuído via computador, se utiliza tantos meios quantos necessários para produzir uma mensagem animada, envolvente e com alto potencial de retorno (recall). Um programa típico permite que os usuários tenham controle sobre o progresso e o ritmo de chegada de novas informações (em segmentos e módulos), de modo que sua absorção (ou aprendizado, no caso de um curso) se dê na velocidade de cada um.

Hipertexto se refere a textos, figuras e outros meios (ex. vídeos) associados a um determinado elemento comunicativo (link), em geral uma palavra ou frase ou mesmo uma figura, parte de uma mensagem. É um recurso freqüentemente utilizado em associação com a multimídia para tornar dinâmica e não-linear uma transferência de informações.

Eis um exemplo simples se o leitor clicar nesta palavra será remetido a um ‘hipertexto’ a ela vinculado. Experimente! Outros exemplos adiante. Notar que quando o mouse é colocado sobre um link de hipertexto aparece o ícone da ‘mãozinha’.

Aprendizagem interativa à distância (interactive distance learning) é a expressão mais atual e mais abrangente para designar o processo de aprendizagem mediada por tecnologia utiliza o computador pessoal, a comunicação eletrônica e veículos de multimídia interativa, podendo a transferência de conteúdos se dar offline, via CD-ROM, ou online, via intranets ou pela Internet.

Educação, ensino ou treinamento baseado em computador ou em tecnologia (computer ou technology based training, CBT ou TBT) são formas mais restritivas e menos atuais de se referir à aprendizagem mediada por tecnologia.

Educação eletrônica (e-education) é a denominação simplificada dada ao processo ensino-aprendizagem envolvendo a criação, distribuição e gerenciamento de materiais educacionais multimidia via CD-ROM, intranets e a Internet. Os conteúdos são transferidos diretamente para o computador pessoal do aluno ou treinando onde e quando solicitados (service on demand), num esquema ‘24/7’ (24 h do dia, 7 dias da semana).

Além de utilizarem integralmente as instalações e equipamentos existentes na empresa ou instituição, um sistema de ‘educação eletrônica’ exige a instalação de softwares específicos para preparação, distribuição e gerenciamento dos conteúdos, e coleta de dados relativos a tempo de uso e avaliação de desempenho dos treinandos (para fins de acompanhamento gerencial).



* O presente artigo é um recorte qualitativo de um trecho da tese de doutoramento, intitulada: Gestão do conhecimento na Iniciação Científica: Paradigma de Comunicação e Educação, da autora, defendida na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em junho/2000.
** Doutora em Ciências da Comunicação/ Educação e Cultura - USP, Professora e Pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.



Angela de Faria Vieira

Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Estudos Sociais Brasileiros (ISEBI/UERJ) e Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Membro do Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP. Criou a Revista LOGOS, na FCS/UERJ e a CONTATO: Revista Brasileira de Comunicação, Arte e Educação. Foi coordenadora de Teorias da Comunicação do Departamento de Comunicação Social da Universidade Gama Filho.
É professora-pesquisadora licenciada da Universidade Candido Mendes.

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