26.10.2005 - O Globo - Economia - Giuliano Ventura - Setor de radiodifusão quer marco regulatório para imagem em celular.

FLORIANÓPOLIS. As regras para a transmissão de conteúdo como as imagens dos gols da rodada pelos celulares ainda são objeto de discussão entre as telefônicas e as empresas de radiodifusão.

— A convergência colocou novas questões, que não existiam quando os serviços das telefônicas eram limitados a voz e dados. É necessário que tenhamos marcos regulatórios específicos — disse o diretor-executivo da Associação Brasileira de TV por Assinatura, Alexandre Annenberg, no congresso de telecomunicações “Futurecom”.

— As redes de terceira geração já estão em operação em EUA, Europa e Ásia, e eu não conheço lugar algum onde existam restrições à transmissão de TV — disse Marco Aurélio de Almeida Rodrigues, presidente da Qualcomm do Brasil.

Entre as questões estão as regras para participação do capital estrangeiro na produção e na distribuição de conteúdo, a exclusividade de uso das concessões e o pagamento de direitos autorais. O consultor das Organizações Globo José Francisco Lima não considera correto que empresas não sujeitas às leis de radiodifusão produzam e distribuam conteúdo livremente.

— É uma questão de disparidade de regulamentação — argumentou o presidente da Net Serviços, Francisco Valim.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Elifas Gurgel do Amaral, diz que o órgão quer um sistema livre, mas não predatório. Segundo ele, a legislação não prevê restrições à transmissão.

A Telemar anunciou que está antecipando o cumprimento das metas de universalização em 80% das localidades identificadas para serem beneficiadas. Três mil novas localidades com população de cem a 300 habitantes estão sendo atendidas pela primeira vez. (, especial para o GLOBO)

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