29/01/1999 - O Globo - Segundo caderno - Adriana Pavlova. Acordes e vozes em silêncio

“OSB enfrenta a maior crise de sua história e patrocínios escasseiam em todoa cultura. Administração da OSB procurou 60 empresas. Na prática, jamais houve um atraso tão grande dos salários dos músicos da OSB. Sob o furacão do Plano Collor, por exemplo, os pagamentos foram achatados e cada um dos profissionais passou a ganhar cerca de US$ 300, mas todos recebiam mensalmente . . . hoje . . . seus salários giram em torno de R$ 1.200 . . . e seus músicos não receberam metade do salário de novembro, o salário de dezembro, muito menos o décimo-terceiro de 1998”.

“A administração da orquestra diz que já fez de tudo para buscar recursos e pagar os salários. Até agora, a única verba concreta que a OSB receberá em 1999 são R$ 750 da Prefeitura, a serem liberados em março ou abril se a orquestra for para o palco. A folha de pagamento mensal gira em torno de R$ 150 mil. “Já pedimos ao Governo do estado e ao Ministério da Cultura e já buscamos doações e patrocínios em mais de 60 empresas, mas sabemos que é preciso esperar passar esse impacto da crise econômica”, diz o superintendente da OSB, João Carlos Alvim Corrêa. “Quando a turbulência serenar, o dinheiro deve aparecer. Até lá, vamos ver com os músicos a melhor forma de esperar” . . . ”

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