19/03/1994 - O Estado de São Paulo - Marketing cultural à brasileira”. Mario Jorge Pires. Caderno Empresas, pág. 1.

Neste artigo o autor constata que só uma pequena parcela das empresas - e neste ambiente as de grande porte e de capital estrangeiro praticam marketing cultural ou esportivo, bem como outras práticas empresariais recentes como estratégias voltadas para clientes, construção de identidade de marca e busca de excelência de produtos e serviços. Critica o imediatismo do empresariado nacional de médio e até de grande porte, interessado tão somente em vendas. Diz ele “a diferença entre promoção de vendas e marketing cultural está longe de ser uma questão semântica: aqui se aplicam conceitos completamente diferentes . . . no marketing cultural, os esforços são dirigidos para criar, manter e aumentar continuamente a simpatia pela empresa nos diversos campos de atuação e segmentos de público”. O autor aborda ainda a grande diferença entre os preços da mídia comercial e o custo de quotas de patrocínio (essas últimas geralmente bem mais baratas) e a preferência por este tipo de exposição, mesmo que aliado a diversas outras marcas, e pergunta: “qual o fruto em termos institucionais de um painel no local de evento, às vezes com dezenas de logomarcas, uma do lado da outra ? Quem, além dos executivos e empresários envolvidos, prestará atenção a todas as empresas constantes neste painel ? Vários veículos ainda estão aceitando anúncios com muitos patrocinadores, mas a tendência é a de restringir drasticamente este número, como ocorre em boa parte dos países do primeiro mundo”.

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