04/10/2001 - GAZETA MERCANTIL - Seção: Política Empresarial - P. 07 - O valor do marketing cultural.

Uma instituição que resolve transformar um prédio histórico em centro cultural estará apenas abrindo uma nova frente de despesas ou estará na verdade fazendo um ótimo negócio ? Parece que ambas as questões estão corretas. Afinal, além de custos até então inexistentes, haverá a inevitável popularização de sua imagem associada a uma iniciativa simpática que é oferecer cultura para a comunidade. Mas ainda existem outros benefícios.

Como bons exemplos de bem-sucedidos investimentos em cultura temos empresas como o Banco do Brasil, que apostou na criação de seu próprio centro cultural custeando integralmente todos os seus projetos com o objetivo de oferecer mais um serviço para os clientes e um resultado final de fortalecimento da marca da instituição.

Já a Light, com seu centro cultural, também desenvolve diversas atividades para a comunidade, mas utiliza a Lei Estadual de Incentivo à Cultura, conhecida comomLei do ICMS, para promover a maioria de seus espetáculos.

Outro bom indicador de que esse tipo de empreendimento compensa é o Museu do Telephone. Depois de ceder seus salões para inúmeros eventos, agora foi fechado temporariamente para reformas. A Telemar, sua proprietária, achou que era hora de fazer retoques, tanto no vusula como na programação. Efetuou convênio com o IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil e , quando reaberto, o Museu do Telephone promete ser mais uma menina dos olhos dos que gostam de cultura, que , em última análise, somos todos nós. Se a moda pegar, dias melhores esperam por nós na Cidade Maravilhosa .

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